AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DO VEDAMENTO DE UM NOVO COMPONENTE PROTÉTICO EXPERIMENTAL PARA IMPLANTES – UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ

  • Bianca Uendy Tanide
  • Rodrigo Vance
  • Ruy Felipe Melo Viégas
  • Cláudio Monteiro Galvão
  • Felipe Carlos Dias Arcas
  • Rogério Lima
  • Sheila Cavalca Cortelli
  • José Roberto Cortelli
  • Davi Romeiro Aquino
Palavras-chave: Implante dentário, Peri-implantite, Streptococcus mutans

Resumo

A reabilitação oral com implantes tornou-se uma das técnicas odontológicas de maior sucesso nos últimos 20 anos. A taxa de sucesso da Implantodontia está acima de 80%, porém a técnica operatória é invasiva e muitas vezes traumática. A interface implante-pilar (IAI), por constituir de duas peças, inevitavelmente apresenta micro lacuna (GAP), na qual pode ocorrer infiltração bacteriana, permitindo que os microrganismos penetrem e colonizem a parte interna do implante levando ao acúmulo de biofilme e, consequentemente o desenvolvimento da peri-implantite.  No entanto, o desgaste da conexão interna do implante é algo que ocorre com frequência, muitas vezes pela fratura do parafuso e/ou, pela perda da rosca interna do implante. A ausência de informações prévias também pode gerar a necessidade da remoção do implante com retrieval ou trefina, que é uma técnica muito agressiva para o tecido ósseo. Devido estas intercorrências, surge a possibilidade da criação de um novo componente para implantes para possibilitar a reabilitação protética, sem ter que passar por uma nova cirurgia de remoção e instalação do implante. Objetivo: A proposição deste estudo foi avaliar em modelo in vitro a taxa de infiltração de S. mutans entre o novo componente protético e a superfície interna do implante do tipo cone morse, a fim de investigar se o GAP causado pela conexão poderia acumular bactérias e possivelmente levar a um quadro de inflamação local. Metodologia: Foram coletadas amostras da parte interna do implante com micro swab antes da contaminação, cinco minutos após a contaminação (pós contaminado imediato) e pós contaminação após um e sete dias; no grupo controle os componentes foram imersos abertos em caldo de S. mutans, enquanto no grupo teste os componentes foram imersos conectados em caldo de S. mutans. Os resultados demonstraram que houve aumento das UFC após a contaminação no grupo controle e no grupo teste, houve um aumento significativo da contaminação no momento pós contaminado imediato e redução significativa nos pós contaminados de um e sete dias. Conclui-se que o novo componente testado apresentou pouca infiltração bacteriana no GAP da conexão implante-pilar.

Publicado
2023-12-22